domingo, maio 21, 2006

agonia

grito contra o muro
sem obter resposta,
a garrafa na minha mao
esvaziou sem que eu desse conta.

erco-me diante do muro,
nos uivos da noite que
ha minha volta gira,
e me fritam a cabeça

arrasto-me,
dou passos lentos
pelas ruas abandonadas
desta cidade maldita

a tristeza anda de mao dada comigo,
o desespero segue-me de perto,
a decadência apoderou-se de mim,
sou escravo da solidão.

desejei ter tido outro final,
o fim da dor, da humilhação,
encontrei de frente o desespero
e agora sou pura degradação.